Triglicerídeos pós- prandiais
Polybio Serra e Silva
Está cada vez mais arreigada a ideia de que não só o colesterol, que para além de factor de risco poderemos considerar como causa da aterosclerose, mas também os triglicerídeos têm um papel importante como factor agressivo da parede arterial.
Actualmente parece podermos, de acordo com o parecer de alguns autores, afirmar que uma elevação dos níveis de triglicerídeos, associada à redução dos valores do colesterol das HDL (“bom colesterol”) e ao aumento do colesterol das LDL (“mau colesterol”), pode ser considerada como uma “tríade mortal”.
Entendemos portanto que, tal como rotineiramente fazemos com o colesterol devemos dosear, também frequentemente, os triglicerídeos.
Acontece porém que, enquanto que a dosagem dos valores do colesterol não obriga a uma situação de jejum, o mesmo não acontece com os triglicerídeos que exigem um jejum de, pelo menos, 12 horas, o que nos impossibilita de os incluir nos nossos Rastreios de rua (população em geral) onde, habitualmente, as pessoas já ingeriram algum alimento.
Daí a necessidade, até porque nós estamos muito mais tempo, ao longo do dia, em situação pós-prandial, de saber como se comportam os triglicerídeos algumas horas depois de uma refeição.
Na literatura internacional, actualmente, praticamente nada há escrito sobre tal assunto, o que nos levou a pensar em estudar este problema.
Aproveitando a Parceria entre a Delegação Centro da Fundação Portuguesa de Cardiologia e a Cognitaria de S. Jorge de Milréu, onde se integra a Universidade Vasco da Gama que, neste caso, pode representar uma comunidade fechada, que nos permite sensibilizar e seguir de perto os voluntários que se proponham colaborar, resolvemos levar a efeito um estudo em que os triglicerídeos são doseados em Jejum, 2 e 4 horas após a ingestão de uma refeição rica em gordura e igual para todos os intervenientes.
Estamos convencidos que, com semelhante atitude, vamos levar a efeito um trabalho pioneiro que muito poderá contribuir para a prevenção das doenças cardiovasculares que continuam a ser a maior causa de morbilidade e mortalidade em Portugal.
O estudo, que teve início, com sucesso, no Mosteiro de S. Jorge de Milréu (Universidade Vasco da Gama), pelas 09:00 horas do passado dia 03 de Novembro, de 2009, e envolveu 28 indivíduos dos dois sexos, vai recomeçar, muito brevemente, dado o empenho das duas Instituições, logo que termine o processo de sensibilização, já em curso, do tecido humano que se propõe integrar, voluntariamente, este trabalho de investigação.
Triglicéridos em alta são um marcador de hiperconsumo de alimentos modernos/industriais (cereais, açúcares, frutose, álcool, etc). Os Kitava possuem TG "piores" que os ocidentais mas desconhecem as doenças cardiovasculares:
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